A igreja - ou convento - de Santo António foi fundado em 1527 por Frei António de Buarcos com o apoio de D. João III e a benemerência de António Fernandes de Quadros, senhor de Tavarede, que cedeu os terrenos para a construção do edifício e sua cerca.
A sua localização e riqueza tornaram-no alvo de cobiça e saques repetidos ao longo dos séculos XVI e seguintes. Desde a sua edificação, em 1536, conheceu reconstruções e reformas diversas. Da traça manuelina apenas se conserva o arco cruzeiro, apesar de alterado no século XIX. A elegante fachada setecentista apresenta na sua composição alguns elementos invulgares nas construções de origem mendicante. No interior, destaque para os azulejos do século XVII, para o altar-mor e altares laterais barrocos em talha dourada. Para além dos quadros da escola portuguesa quinhentista da capela-mor, podem apreciar-se algumas esculturas de qualidade. Os seus retábulos setecentistas, principal e da nave, pertenceram ao Mosteiro de Seiça. No coro-alto, sobre um sóbrio cadeiral da mesma centúria, bonitos painéis de pintura retratam a vida de Santo António. Extintas as ordens religiosas em 1834, a Câmara requereu ao Governo a cedência do convento e sua cerca para nesta instalar o cemitério da vila e, naquele, os Paços do Concelho e hospital.
Em 1836 a Santa Misericórdia chamou a si a gestão da igreja, parte do hospital e cerca. Em 1904 a Obra da Figueira nasce para aí administrar o Asilo da Infância Desvalida. A partir de 1976 funde-se com a Misericórdia. Na década de 80 o velho hospital é adaptado a lar para a terceira idade. Desde então a Misericórdia-Obra da Figueira vem desenvolvendo uma ação de reconhecido alcance social.
Pelos Santos Populares têm cada vez mais alcance e adesão os festejos e arraial a Santo António, realizados no largo que toma o nome do santo casamenteiro. O edifício do Convento está classificado como Imóvel de Interesse Público.
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Igreja da Ordem Terceira
Este templo, contíguo à Igreja da Misericórdia, é uma construção do primeiro quartel do séc. XIX, da autoria do arquitecto milanês Giancarlo Magne. De nave única e linhas neo-clássicas tem sofrido recentes restauros. Possui um bonito silhar de azulejos, azul e branco, executado na fábrica Viúva Lamego, em 1964, com padrão em estilo barroco. No coro-alto, conserva-se o primeiro órgão de tubos que existiu na Figueira. No altar da capela-mor, uma escultura, em madeira, de Nossa Senhora da Conceição, executada por Amálio Maia (1943). As restantes imagens (S. Francisco de Assis, Santo António, Nossa Senhora de Fátima, Senhor dos Aflitos) datam do séc. XIX e de meados de séc. XX.
Este templo, contíguo à Igreja da Misericórdia, é uma construção do primeiro quartel do séc. XIX, da autoria do arquitecto milanês Giancarlo Magne. De nave única e linhas neo-clássicas tem sofrido recentes restauros. Possui um bonito silhar de azulejos, azul e branco, executado na fábrica Viúva Lamego, em 1964, com padrão em estilo barroco. No coro-alto, conserva-se o primeiro órgão de tubos que existiu na Figueira. No altar da capela-mor, uma escultura, em madeira, de Nossa Senhora da Conceição, executada por Amálio Maia (1943). As restantes imagens (S. Francisco de Assis, Santo António, Nossa Senhora de Fátima, Senhor dos Aflitos) datam do séc. XIX e de meados de séc. XX.
Sazonalmente, é também possível visitar, no piso superior, a Sala das Sessões da Comunidade Franciscana Secular (primitiva “Casa do Capítulo”), onde se reúnem o cartório da Ordem Terceira e interessantes painéis de temática religiosa. Referência ainda a um pequeno núcleo de arte sacra, inicialmente denominada “Casa dos Santos” com a exposição permanente de várias imagens da Procissão das Cinzas (séc. XIX).